Pablo
Henrique e Igor Rafael
BATISTA, Juliana. O que é
desigualdade social. Disponível em:
<http://www.o-que-e.com/o-que-e-desigualdade-social/>. Acesso em: 29 out.
2012.
Desigualdade
Social
A desigualdade social não é uma característica apenas do
terceiro mundo, mas é fato que nos países latinos essa discrepância social é
bem maior do que em outros países do mundo conhecidos como países de primeiro
mundo. Podemos considerar desigualdade social qualquer situação onde, dentro de
uma sociedade, exista um bloco de pessoas em desvantagem financeira e social,
no geral. A desigualdade social é consequência da má distribuição da riqueza,
gerando um forte contraste econômico e social entre a população.
Segundo estudos recentes, o Brasil
tem o terceiro pior índice de pobreza mundial, tendo nesta lista países como
Caribe, Equador, Bolívia e Haiti. Este mesmo estudo aponta que 58% da população
brasileira mantém o mesmo status social há duas gerações.
O capitalismo é apontado como um dos
fatores do aumento da desigualdade social, principalmente depois da revolução
industrial. Filósofos como Karl Marx diziam que o capitalismo era uma força de
expressão de apenas uma parte da sociedade e não um consenso de uma maioria,
como seria adequado ser.
A pobreza e a desigualdade social é
mais enraizada nos países que chamamos de países subdesenvolvidos
industrializados, como Brasil, China, México, África do Sul e Coreia do Sul.
Veja abaixo mais alguns dados
relevantes sobre a desigualdade social no Brasil e no mundo:
· Atualmente, a proporção de jovens
entre 15 e 17 anos cursando o ensino médio no Brasil é de 50,4%. Já entre
negros e pardos o número cai para 42,2% e entre brancos é de 61%;
· No Brasil, cidades de porte médio,
com população entre 10 mil e 50 mil habitantes, são as que apresentaram a maior
incidência de pobreza;
· O Amapá detém a maior proporção de
pessoas com rendimento domiciliar per capita de até R$ 70 (5,5%) e até um
quarto de salário mínimo (16,7%);
· 80% da riqueza mundial está nas
mãos de 15% dos países mais ricos;
· Cerca de 180 milhões de pessoas no
mundo todo são submetidas a trabalhos perigosos, escravidão, recrutamento
forçado no Exército, prostituição e outras atividades ilegais;
· 97% é o percentual de crianças
exploradas que se encontram nos países pobres ou em desenvolvimento, como a
África, onde metade dos que tem entre 5 e 14 anos já trabalham efetivamente;
· A renda dos americanos mais ricos
subiu 15 vezes mais rápido que a dos pobres desde 1979, denotando que até nos
países de primeiro mundo existe algum tipo de desigualdade social.
--
Natalie Britto
WIKIPEDIA. Classe Social. Disponível em: <
http://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_social/>.
Acesso em: 29 out. 2012.
TUDO, Ache. Etnia. Disponível em: <
http://www.achetudoeregiao.com.br/atr/etnia.htm/>. Acesso em: 29 out. 2012.
WIKIPEDIA. Genero. Disponível em: <
http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero_(sociedade)Acesso em: 29 out. 2012.
WIKIPEDIA. Geração Y. Disponível em: <
http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero_(sociedade)Acesso em: 29 out. 2012.
Classe Social: Uma classe
social é um grupo de pessoas que têm status social similar, segundo critérios
diversos, especialmente o econômico. Em
praticamente toda sociedade, seja ela pré-capitalista ou caracterizada por um capitalismo desenvolvido, existe a classe
dominante, que controla direta ou indiretamente o Estado, e as classes dominadas por aquela, reproduzida
inexoravelmente por uma estrutura social implantada pela classe dominante.
Etnia: Uma etnia ou um grupo étnico é uma
comunidade humana definida por afinidades lingüísticas e culturais. Estas comunidades geralmente
reivindicam para si uma estrutura
social, política e um território.
Gênero: Refere-se à identidade adotada ou atribuída a uma pessoa de
acordo com seus genitais, psicologia ou seu papel na sociedade. Para a maioria das pessoas, homem ou mulher. Ainda que gênero seja usado como
sinônimo de sexo, nas ciências sociais e na psicologia refere-se às diferenças
sociais, conhecidas nas ciências biológicas como papel
de gênero. Historicamente, o feminismo posicionou os papéis de gênero como
construídos socialmente, independente de qualquer base biológica. Pessoas cuja identidade de gênero difere do gênero designado de acordo com
os genitais são normalmente identificadas como transexuais ou transgêneras.
Geração: engloba o conjunto de indivíduos
nascidos em uma mesma época, influenciados por um contexto histórico,
determinando comportamentos e causando impacto direto na evolução da sociedade.
Nascidos numa época de pós-utopias e modificação de visões políticas e existenciais,
a chamada Geração, cresceu em meio a um crescente individualismo e extremada
competição. Não são jovens que, em geral, têm a mesma consciência política das
gerações da época contra cultural. E também, como as informações aparecem numa
progressão geométrica e circulam a uma velocidade e tempo jamais vistos antes,
o conhecimento tende a ficar cada vez mais superficial.
--
Igor
Rafael e Pablo Henrique
WIKIPEDIA.
Etnia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Etnia> Acesso em: 29 out. 2012.
WIKIPEDIA. Genero. Disponível em: <
http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero_(sociedade)Acesso em: 29 out. 2012.
Etnia
Uma etnia ou um grupo étnico é uma comunidade humana definida por
afinidades linguísticas e culturais. Estas comunidades geralmente reivindicam para si uma estrutura
social, política e um território.
A palavra etnia é usada muitas vezes erroneamente como um eufemismo para raça, ou como um sinônimo para grupo
minoritário. A diferença reside no fato de que etnia
compreende os fatores culturais, como a religião, a língua, hábitos gastronómicos, hábitos no vestuário, outras
tradições, etc., enquanto raça compreende apenas os fatores
morfológicos, como cor de pele, constituição física, estatura, traço facial, etc.
Gênero
Género ou gênero refere-se à identidade adotada ou
atribuída a uma pessoa de acordo com seus genitais, psicologia ou seu papel na sociedade. Para a maioria das pessoas, homem ou mulher. Ainda que gênero seja usado como sinônimo de sexo, nas ciências sociais e na psicologia refere-se às diferenças sociais,
conhecidas nas ciências biológicas como papel de
gênero. Historicamente, o feminismo posicionou os papéis
de gênero como construídos socialmente, independente de qualquer base
biológica. Pessoas cuja identidade de gênero difere do gênero designado de acordo com os
genitais são normalmente identificadas como transexuais ou transgêneras.
O biólogo britânico Richard
Dawkins critica o uso da palavra gênero como um sinônimo eufemístico de sexo, pelo fato de que essa palavra foi tomada como empréstimo do conceito
de gênero gramatical, que só reflete a divisão
entre masculino e feminino em algumas línguas (principalmente as
indo-européias), enquanto outras possuem outros tipos de divisão de gêneros
totalmente desvinculada do sexo, como, por exemplo, gênero animado e gênero
inanimado.
--
Helen
de oliveira Cesário
VON,
Marise. Desigualdades: Classe, Etnia e Gênero. Disponível em:
<http://sociologialimite.blogspot.com.br/2009/03/desigualdades-classe-etnia-e-genero.html>.
Acesso em: 29 out. 2012.
Algumas pessoas conseguem mais do que outras nas
sociedades – mais dinheiro, mais prestígio, mais poder, mais vida, e mais de
tudo aquilo que os homens valorizam. Tais desigualdades criam divisões na
sociedade – divisões com respeito a idade, sexo, riqueza, poder e outros
recursos. Aqueles no topo nessas divisões querem manter sua vantagem e
privilégio; aqueles de nível inferior querem mais e devem viver em um estado
constante de raiva e frustração. Assim, a desigualdade é uma máquina que produz
tensão nas sociedades humanas. É a fonte de energia por trás dos movimentos
sociais, protestos, tumultos e revoluções. As sociedades podem, por um período
de tempo, abafar essas forças separatistas, mas, se as desigualdades persistem,
a tensão e o conflito pontuarão e, às vezes dominarão a vida social.
1. A
desigualdade em uma sociedade gira em torno da distribuição diferenciada de
recursos de valor às variadas categorias de indivíduos – sendo as de classe,
étnica e gênero as três mais importantes.
2. A estratificação de classes existe quando a
renda, poder, prestígio e outros recursos de valor são dados aos membros de uma
sociedade desigualmente e quando, com base nessa desigualdade, variados grupos
tornam-se cultural, comportal e organizacionalmente distinto.
3. O grau
de estratificação está relacionado ao nível de desigualdade, à distinção entre
as classes em nível de mobilidade entre as classes e à durabilidade das
classes.
4. Existem
várias propostas para o estudo da estratificação: a) a proposta marxista, que
enfatiza que a propriedade dos meios de produção é a causa da estratificação de
classes e mobilização para o conflito, com subsequente mudança nos padrões de
estratificação; b) a weberiana, que enfatiza a natureza multidimensional da
estratificação (que gira em torno não apenas da classe, mas de partido e grupos
de status também); c) a proposta funcionalista, que argumenta que a
desigualdade reflete o sistema de recompensa para encorajar os indivíduos a
ocupar posições funcionalmente importantes e difíceis de preencher; d) a
evolucionista, que argumenta que, a longo prazo, partindo das sociedades de
caça e coleta, as desigualdades aumentaram, como refletem as sociedades
modernas.
5. A
estratificação nos Estados Unidos e no Brasil é marcada por altos níveis de
desigualdade com respeito a bem-estar material e prestígio. A desigualdade na
distribuição de poder é mais ambígua. A mobilidade é frequente, mas a maioria
das pessoas não consegue grande mobilidade durante a vida.
6. Etnia é
a identificação de um grupo como distinto em termos da biologia superficial,
recursos, comportamento, cultura ou organização; a estratificação étnica existe
quando alguns grupos étnicos conseguem mais recursos de valor em uma sociedade
do que outros grupos étnicos.
7. A
estratificação étnica é criada e sustentada pela discriminação que é legitimada
pelas crenças preconceituosas. A discriminação e o preconceito são embasados
pela ameaça (econômica, política, social) apresentada de forma real ou
imaginária por um grupo étnico-alvo e são ainda sustentados pelos ciclos de
reforço que giram em torno da identificação étnica, ameaça, preconceito e
discriminação.
8. O
gênero é a diferenciação entre homens e mulheres em termos de características
culturalmente definidas e status na sociedade. A estratificação de gênero
existe quando os homens e as mulheres em uma sociedade recebem efetivamente
parcelas desiguais de dinheiro, poder, prestígio e outros recursos.
9. A
estratificação de gênero é sustentada pelos ciclos de socialização, que
reforçam mutuamente pela identidade de gênero e por crenças relacionadas ao
gênero, que, por sua vez, se tornam a base para discriminação e crenças
preconceituosas, frutos da ameaça ressentida pelos homens.
--
Joice Lucena dos Santos
WILD, Bianca. Marcadores Sociais de diferença. Disponível em:
<http://meuartigo.brasilescola.com/sociologia/marcadores-sociais-diferenca.htm>.
Acesso em: 29 out. 2012.
Por que a etnia,classe
social, genero, geração diferenciam na diferença social?
Quando examinamos, fazemos uma análise das sociedades, identificamos
imediatamente a existência de diversidades e desigualdades sociais. Muitas das
diferenças entre os indivíduos são de natureza humana como, por exemplo,
gênero, cor da pele, idade, altura etc. Contudo as desigualdades sociais são
produto das relações estabelecidas entre os indivíduos, estas refletem os
conflitos de interesses de grupos ou indivíduos em relação aos outros grupos ou
indivíduos que, geralmente, colocam todos na condição de opressores e
oprimidos.
Historicamente
vimos que o capitalismo apresenta um grande conflito: a luta entre burgueses e
proletários, entre os donos dos meios de produção e o trabalhador assalariado.
No entanto, a história do século XX apresenta outros conflitos de interesses
que vão muito além da divisão da sociedade em classes: conflitos entre os
gêneros (homens e mulheres), adultos e jovens, brancos e não-brancos, minorias
étnicas, heterossexuais e homossexuais.
As mulheres a
partir do século XIX, e os jovens e as minorias sexuais, a partir dos anos de
1960, passaram a demonstrar sua revolta de forma coletiva. No século XX os
negros e outras etnias demonstraram sua força, nas lutas pelos direitos civis
nos EUA, pelo fim do apartheid na África do Sul e pelo fim do racismo, no
renascimento do movimento negro no Brasil e na luta dos palestinos.
Apesar da força
social dos movimentos construídos pelos oprimidos, dos milhões de vidas
sacrificadas em nome da igualdade de direitos e da liberdade, a história desses
grupos não é animadora. Sabemos que as condições de trabalho melhoraram, mas as
melhorias foram limitadas aos países imperialistas centrais, e a grande maioria
dos trabalhadores ainda é explorada, de forma semelhante ao século XIX. A cada dia
morrem mais seres humanos de fome que no tempo da escravidão. Os oprimidos
ajudaram a fundar partidos, sindicatos e associações, mas a maioria destas
entidades ainda não conseguiu reverter as condições sub-humanas dos subjugados
da história.
Muitos indivíduos são submetidos a uma série de discriminações e
preconceitos só pelo fato de pertencerem a uma determinada “categoria” de
pessoas. A opressão, para se justificar, faz uso de um sistema de ideias a que
chamamos de ideologia. Existem ao menos cinco situações
de desigualdade e opressão: de classe, de gênero, de geração, de raça/etnia e
de orientação sexual.
As desigualdades de classe– Como
aprendemos, as desigualdades sociais se formaram em consequência da
distribuição desigual de renda, do excedente de riqueza produzido pelas
sociedades. As sociedades agrícolas antigas eram capazes de produzir uma
quantidade de alimentos superior às necessidades, isso proporcionou a uma
pequena camada da população o privilégio de deixar de trabalhar e viver do
trabalho alheio. As várias classes sociais dominantes se caracterizaram por
apropriarem-se, de modo e em tempos diversos, do excedente de riqueza produzida
pelas classes subalternas. O sistema econômico dominante em cada época se
esforça em manter separadas as classes sociais e reduzir ao mínimo as
possibilidades de ascensão social: à separação territorial de classes sociais:
Rio de janeiro – Zona Oeste, favelas, subúrbios, zona norte e zona sul, à
ideologia etc.
Contudo o sistema capitalista fez da ilusão da ascensão social ou da
mobilidade social um dos pilares de sua ideologia. Hoje, haveria três classes
fundamentais nos países imperialistas e no Brasil se seguirmos as teorias de
Marx: o proletariado, a burguesia e a pequena burguesia. Mas com a realidade
imposta pelo neoliberalismo[1], encontramos também milhões de
indivíduos totalmente excluídos de qualquer relação social, política e
econômica.
As desigualdades de gênero– Desde a
antiguidade várias sociedades mantiveram a supremacia masculina, esta dominação
provocou a exclusão sistemática das mulheres da política, do governo, da
literatura, da arte, com exceção de raros e relevantes momentos. Esta é a
exclusão mais sistemática já praticada na história da humanidade. A herança
desta história de dominação masculina se expressa hoje de diversas formas,
entre elas: o uso da violência institucionalizada e doméstica, a legislação
discriminante, dependência econômica ao marido e ao pai, além é claro da
coisificação da mulher etc.
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