5 de novembro de 2012

Desigualdade - Classe - Etnia - Gênero


Pablo Henrique e Igor Rafael

BATISTA, Juliana. O que é desigualdade social. Disponível em: <http://www.o-que-e.com/o-que-e-desigualdade-social/>. Acesso em: 29 out. 2012.

Desigualdade Social
A desigualdade social não é uma característica apenas do terceiro mundo, mas é fato que nos países latinos essa discrepância social é bem maior do que em outros países do mundo conhecidos como países de primeiro mundo. Podemos considerar desigualdade social qualquer situação onde, dentro de uma sociedade, exista um bloco de pessoas em desvantagem financeira e social, no geral. A desigualdade social é consequência da má distribuição da riqueza, gerando um forte contraste econômico e social entre a população.
Segundo estudos recentes, o Brasil tem o terceiro pior índice de pobreza mundial, tendo nesta lista países como Caribe, Equador, Bolívia e Haiti. Este mesmo estudo aponta que 58% da população brasileira mantém o mesmo status social há duas gerações.
O capitalismo é apontado como um dos fatores do aumento da desigualdade social, principalmente depois da revolução industrial. Filósofos como Karl Marx diziam que o capitalismo era uma força de expressão de apenas uma parte da sociedade e não um consenso de uma maioria, como seria adequado ser.
A pobreza e a desigualdade social é mais enraizada nos países que chamamos de países subdesenvolvidos industrializados, como Brasil, China, México, África do Sul e Coreia do Sul.
Veja abaixo mais alguns dados relevantes sobre a desigualdade social no Brasil e no mundo:
· Atualmente, a proporção de jovens entre 15 e 17 anos cursando o ensino médio no Brasil é de 50,4%. Já entre negros e pardos o número cai para 42,2% e entre brancos é de 61%;
· No Brasil, cidades de porte médio, com população entre 10 mil e 50 mil habitantes, são as que apresentaram a maior incidência de pobreza;
· O Amapá detém a maior proporção de pessoas com rendimento domiciliar per capita de até R$ 70 (5,5%) e até um quarto de salário mínimo (16,7%);
· 80% da riqueza mundial está nas mãos de 15% dos países mais ricos;
· Cerca de 180 milhões de pessoas no mundo todo são submetidas a trabalhos perigosos, escravidão, recrutamento forçado no Exército, prostituição e outras atividades ilegais;
· 97% é o percentual de crianças exploradas que se encontram nos países pobres ou em desenvolvimento, como a África, onde metade dos que tem entre 5 e 14 anos já trabalham efetivamente;
· A renda dos americanos mais ricos subiu 15 vezes mais rápido que a dos pobres desde 1979, denotando que até nos países de primeiro mundo existe algum tipo de desigualdade social.
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Natalie Britto

WIKIPEDIA. Classe Social. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Classe_social/>. Acesso em: 29 out. 2012.
TUDO, Ache. Etnia. Disponível em: < http://www.achetudoeregiao.com.br/atr/etnia.htm/>. Acesso em: 29 out. 2012.
WIKIPEDIA. Genero. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero_(sociedade)Acesso em: 29 out. 2012.
WIKIPEDIA. Geração Y. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero_(sociedade)Acesso em: 29 out. 2012.

Classe Social: Uma classe social é um grupo de pessoas que têm status social similar, segundo critérios diversos, especialmente o econômico.  Em praticamente toda sociedade, seja ela pré-capitalista ou caracterizada por um capitalismo desenvolvido, existe a classe dominante, que controla direta ou indiretamente o Estado, e as classes dominadas por aquela, reproduzida inexoravelmente por uma estrutura social implantada pela classe dominante. 
Etnia: Uma etnia ou um grupo étnico é uma comunidade humana definida por afinidades lingüísticas e culturais. Estas comunidades geralmente reivindicam para si uma estrutura social, política e um território.
Gênero: Refere-se à identidade adotada ou atribuída a uma pessoa de acordo com seus genitais, psicologia ou seu papel na sociedade. Para a maioria das pessoas, homem ou mulher. Ainda que gênero seja usado como sinônimo de sexo, nas ciências sociais e na psicologia refere-se às diferenças sociais, conhecidas nas ciências biológicas como papel de gênero. Historicamente, o feminismo posicionou os papéis de gênero como construídos socialmente, independente de qualquer base biológica. Pessoas cuja identidade de gênero difere do gênero designado de acordo com os genitais são normalmente identificadas como transexuais ou transgêneras.
Geração: engloba o conjunto de indivíduos nascidos em uma mesma época, influenciados por um contexto histórico, determinando comportamentos e causando impacto direto na evolução da sociedade. Nascidos numa época de pós-utopias e modificação de visões políticas e existenciais, a chamada Geração, cresceu em meio a um crescente individualismo e extremada competição. Não são jovens que, em geral, têm a mesma consciência política das gerações da época contra cultural. E também, como as informações aparecem numa progressão geométrica e circulam a uma velocidade e tempo jamais vistos antes, o conhecimento tende a ficar cada vez mais superficial.
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Igor Rafael e Pablo Henrique

WIKIPEDIA. Etnia. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/Etnia> Acesso em: 29 out. 2012.
WIKIPEDIA. Genero. Disponível em: < http://pt.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9nero_(sociedade)Acesso em: 29 out. 2012.

Etnia
Uma etnia ou um grupo étnico é uma comunidade humana definida por afinidades linguísticas e culturais. Estas comunidades geralmente reivindicam para si uma estrutura social, política e um território.
A palavra etnia é usada muitas vezes erroneamente como um eufemismo para raça, ou como um sinônimo para grupo minoritário. A diferença reside no fato de que etnia compreende os fatores culturais, como a religião, a língua, hábitos gastronómicos, hábitos no vestuário, outras tradições, etc., enquanto raça compreende apenas os fatores morfológicos, como cor de pele, constituição física, estatura, traço facial, etc.
Gênero
Género ou gênero refere-se à identidade adotada ou atribuída a uma pessoa de acordo com seus genitais, psicologia ou seu papel na sociedade. Para a maioria das pessoas, homem ou mulher. Ainda que gênero seja usado como sinônimo de sexo, nas ciências sociais e na psicologia refere-se às diferenças sociais, conhecidas nas ciências biológicas como papel de gênero. Historicamente, o feminismo posicionou os papéis de gênero como construídos socialmente, independente de qualquer base biológica. Pessoas cuja identidade de gênero difere do gênero designado de acordo com os genitais são normalmente identificadas como transexuais ou transgêneras.
O biólogo britânico Richard Dawkins critica o uso da palavra gênero como um sinônimo eufemístico de sexo, pelo fato de que essa palavra foi tomada como empréstimo do conceito de gênero gramatical, que só reflete a divisão entre masculino e feminino em algumas línguas (principalmente as indo-européias), enquanto outras possuem outros tipos de divisão de gêneros totalmente desvinculada do sexo, como, por exemplo, gênero animado e gênero inanimado.
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Helen de oliveira Cesário

VON, Marise. Desigualdades: Classe, Etnia e Gênero. Disponível em: <http://sociologialimite.blogspot.com.br/2009/03/desigualdades-classe-etnia-e-genero.html>. Acesso em: 29 out. 2012.

Algumas pessoas conseguem mais do que outras nas sociedades – mais dinheiro, mais prestígio, mais poder, mais vida, e mais de tudo aquilo que os homens valorizam. Tais desigualdades criam divisões na sociedade – divisões com respeito a idade, sexo, riqueza, poder e outros recursos. Aqueles no topo nessas divisões querem manter sua vantagem e privilégio; aqueles de nível inferior querem mais e devem viver em um estado constante de raiva e frustração. Assim, a desigualdade é uma máquina que produz tensão nas sociedades humanas. É a fonte de energia por trás dos movimentos sociais, protestos, tumultos e revoluções. As sociedades podem, por um período de tempo, abafar essas forças separatistas, mas, se as desigualdades persistem, a tensão e o conflito pontuarão e, às vezes dominarão a vida social.
1.          A desigualdade em uma sociedade gira em torno da distribuição diferenciada de recursos de valor às variadas categorias de indivíduos – sendo as de classe, étnica e gênero as três mais importantes.
2.         A estratificação de classes existe quando a renda, poder, prestígio e outros recursos de valor são dados aos membros de uma sociedade desigualmente e quando, com base nessa desigualdade, variados grupos tornam-se cultural, comportal e organizacionalmente distinto.
3.         O grau de estratificação está relacionado ao nível de desigualdade, à distinção entre as classes em nível de mobilidade entre as classes e à durabilidade das classes.
4.        Existem várias propostas para o estudo da estratificação: a) a proposta marxista, que enfatiza que a propriedade dos meios de produção é a causa da estratificação de classes e mobilização para o conflito, com subsequente mudança nos padrões de estratificação; b) a weberiana, que enfatiza a natureza multidimensional da estratificação (que gira em torno não apenas da classe, mas de partido e grupos de status também); c) a proposta funcionalista, que argumenta que a desigualdade reflete o sistema de recompensa para encorajar os indivíduos a ocupar posições funcionalmente importantes e difíceis de preencher; d) a evolucionista, que argumenta que, a longo prazo, partindo das sociedades de caça e coleta, as desigualdades aumentaram, como refletem as sociedades modernas.
5.         A estratificação nos Estados Unidos e no Brasil é marcada por altos níveis de desigualdade com respeito a bem-estar material e prestígio. A desigualdade na distribuição de poder é mais ambígua. A mobilidade é frequente, mas a maioria das pessoas não consegue grande mobilidade durante a vida.
6.        Etnia é a identificação de um grupo como distinto em termos da biologia superficial, recursos, comportamento, cultura ou organização; a estratificação étnica existe quando alguns grupos étnicos conseguem mais recursos de valor em uma sociedade do que outros grupos étnicos.
7.         A estratificação étnica é criada e sustentada pela discriminação que é legitimada pelas crenças preconceituosas. A discriminação e o preconceito são embasados pela ameaça (econômica, política, social) apresentada de forma real ou imaginária por um grupo étnico-alvo e são ainda sustentados pelos ciclos de reforço que giram em torno da identificação étnica, ameaça, preconceito e discriminação.
8.         O gênero é a diferenciação entre homens e mulheres em termos de características culturalmente definidas e status na sociedade. A estratificação de gênero existe quando os homens e as mulheres em uma sociedade recebem efetivamente parcelas desiguais de dinheiro, poder, prestígio e outros recursos.
9.        A estratificação de gênero é sustentada pelos ciclos de socialização, que reforçam mutuamente pela identidade de gênero e por crenças relacionadas ao gênero, que, por sua vez, se tornam a base para discriminação e crenças preconceituosas, frutos da ameaça ressentida pelos homens.
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Joice Lucena dos Santos

WILD, Bianca. Marcadores Sociais de diferença. Disponível em: <http://meuartigo.brasilescola.com/sociologia/marcadores-sociais-diferenca.htm>. Acesso em: 29 out. 2012.

Por que a etnia,classe social, genero, geração diferenciam na diferença social?

Quando examinamos, fazemos uma análise das sociedades, identificamos imediatamente a existência de diversidades e desigualdades sociais. Muitas das diferenças entre os indivíduos são de natureza humana como, por exemplo, gênero, cor da pele, idade, altura etc. Contudo as desigualdades sociais são produto das relações estabelecidas entre os indivíduos, estas refletem os conflitos de interesses de grupos ou indivíduos em relação aos outros grupos ou indivíduos que, geralmente, colocam todos na condição de opressores e oprimidos.
Historicamente vimos que o capitalismo apresenta um grande conflito: a luta entre burgueses e proletários, entre os donos dos meios de produção e o trabalhador assalariado. No entanto, a história do século XX apresenta outros conflitos de interesses que vão muito além da divisão da sociedade em classes: conflitos entre os gêneros (homens e mulheres), adultos e jovens, brancos e não-brancos, minorias étnicas, heterossexuais e homossexuais.
As mulheres a partir do século XIX, e os jovens e as minorias sexuais, a partir dos anos de 1960, passaram a demonstrar sua revolta de forma coletiva. No século XX os negros e outras etnias demonstraram sua força, nas lutas pelos direitos civis nos EUA, pelo fim do apartheid na África do Sul e pelo fim do racismo, no renascimento do movimento negro no Brasil e na luta dos palestinos.
Apesar da força social dos movimentos construídos pelos oprimidos, dos milhões de vidas sacrificadas em nome da igualdade de direitos e da liberdade, a história desses grupos não é animadora. Sabemos que as condições de trabalho melhoraram, mas as melhorias foram limitadas aos países imperialistas centrais, e a grande maioria dos trabalhadores ainda é explorada, de forma semelhante ao século XIX. A cada dia morrem mais seres humanos de fome que no tempo da escravidão. Os oprimidos ajudaram a fundar partidos, sindicatos e associações, mas a maioria destas entidades ainda não conseguiu reverter as condições sub-humanas dos subjugados da história.
Muitos indivíduos são submetidos a uma série de discriminações e preconceitos só pelo fato de pertencerem a uma determinada “categoria” de pessoas. A opressão, para se justificar, faz uso de um sistema de ideias a que chamamos de ideologia. Existem ao menos cinco situações de desigualdade e opressão: de classe, de gênero, de geração, de raça/etnia e de orientação sexual.
As desigualdades de classe– Como aprendemos, as desigualdades sociais se formaram em consequência da distribuição desigual de renda, do excedente de riqueza produzido pelas sociedades. As sociedades agrícolas antigas eram capazes de produzir uma quantidade de alimentos superior às necessidades, isso proporcionou a uma pequena camada da população o privilégio de deixar de trabalhar e viver do trabalho alheio. As várias classes sociais dominantes se caracterizaram por apropriarem-se, de modo e em tempos diversos, do excedente de riqueza produzida pelas classes subalternas. O sistema econômico dominante em cada época se esforça em manter separadas as classes sociais e reduzir ao mínimo as possibilidades de ascensão social: à separação territorial de classes sociais: Rio de janeiro – Zona Oeste, favelas, subúrbios, zona norte e zona sul, à ideologia etc.
Contudo o sistema capitalista fez da ilusão da ascensão social ou da mobilidade social um dos pilares de sua ideologia. Hoje, haveria três classes fundamentais nos países imperialistas e no Brasil se seguirmos as teorias de Marx: o proletariado, a burguesia e a pequena burguesia. Mas com a realidade imposta pelo neoliberalismo[1], encontramos também milhões de indivíduos totalmente excluídos de qualquer relação social, política e econômica.
As desigualdades de gênero– Desde a antiguidade várias sociedades mantiveram a supremacia masculina, esta dominação provocou a exclusão sistemática das mulheres da política, do governo, da literatura, da arte, com exceção de raros e relevantes momentos. Esta é a exclusão mais sistemática já praticada na história da humanidade. A herança desta história de dominação masculina se expressa hoje de diversas formas, entre elas: o uso da violência institucionalizada e doméstica, a legislação discriminante, dependência econômica ao marido e ao pai, além é claro da coisificação da mulher etc.



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